O distrito do Porto, onde se inclui Gondomar, registou, entre Janeiro e a primeira quinzena de Julho, apenas cerca de 40 por cento dos fogos florestais ocorridos em igual período do ano passado. Segundo fonte da Protecção Civil, não ocorreu “nenhum incêndio de grandes dimensões”, com estes bons resultados a beneficiarem também das boas condições climatéricas. “A grande eficácia no combate aos fogos nos primeiros minutos, conjugada com o bom tempo, tem permitido resultados encorajadores no distrito do Porto, com um número de fogos muito inferior ao mesmo período de 2006”, afirmou o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), Teixeira Leite. Este responsável operacional acrescentou “que não houve, até ao momento, nenhum incêndio de grandes dimensões”, como ocorreu em 2006, nomeadamente no perímetro florestal do Marão (Amarante) e nas serras entre Paredes e Valongo, fogos em que arderam muitas centenas de hectares de mato e floresta. Em termos nacionais, na primeira quinzena de Julho foram registados menos de metade dos fogos florestais ocorridos no mesmo período do ano anterior, segundo dados disponibilizados ontem pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Comparando os dados divulgados pelo site da ANPC e os do quarto relatório de 2006 da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, na primeira quinzena deste ano registaram-se 697 fogos, menos 1.517 do que os verificados nos primeiros 15 dias de Julho do ano passado (2.214). Entretanto, o comandante do CDOS/Porto esclarece que os bons resultados, apesar da ajuda da meteorologia – as ondas de calor ainda não surgiram neste Verão e os dias mais quentes têm sido alternados com quebras de temperatura ou mesmo períodos de chuva – ficam também a dever-se à vigilância e à prontidão no ataque aos “fogachos”, termo técnico para classificar os pequenos fogos. “Um fogacho ou pequeno incêndio florestal se não for atacado de imediato pode tornar-se num grande incêndio”, sublinhou Teixeira Leite, dando conta de que apenas três incêndios de médias proporções no Marco de Canaveses, a 12 de Julho, suscitaram mais atenção ao comando distrital.Apenas um dos fogos florestais, na freguesia de Ariz, em que arderam cerca de três hectares de mato, necessitou da ajuda do helicóptero sedeado no Centro de Meios Aéreos de Baltar, onde também estão estacionadas as brigadas de fogos florestais da GNR, uma estreia no distrito do Porto. Foram também assinaladas algumas ignições (deflagração dos incêndios) nos concelhos de Amarante e de Paredes, sem qualquer valor estatístico, prontamente debeladas pelos bombeiros. No quartel de bombeiros de Baltar, transformado no centro operacional distrital da protecção civil, estão permanentemente de prevenção duas das três equipas de GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro), uma delas helitransportada (nove elementos), que se desloca no próprio helicóptero de combate a incêndios e tem por objectivo combater os fogos à nascença. “Com o GIPS conseguimos dar resposta rápida e musculada aos fogos nascentes”, assinalou o comandante operacional da protecção civil no distrito do Porto.
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