domingo, 1 de julho de 2007

Fase de maior risco começa hoje


Começou a fase "Charlie" de combate aos incêndios florestais. Trata-se da época de maior risco. Esta fase, começa com um dispositivo que envolve 52 aeronaves, 8.836 homens e 1.886 viaturas. Estão envolvidos cinco ministérios, cinco institutos públicos, as autarquias e a sociedade civil. Os objectivos principais são "diminuir o número de incêndios com áreas superiores a um hectare, eliminar incêndios superiores a 1.000 hectares e reduzir o tempo do ataque inicial para menos de 20 minutos", segundo o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões. A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) tem a tutela do comando e articulação operacional de todos os elementos no terreno, coordenando os meios e a sua chefia, a nível nacional e local, através do Comando Nacional e dos Comandos Distritais de Operações de Socorro. Das entidades envolvidas no combate aos fogos, articuladas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, as mais importantes são os Bombeiros, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, a Polícia Judiciária, as Forças Armadas, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, as Autarquias, e os Escuteiros, além de outras organizações da sociedade civil. Os Bombeiros são quem disponibiliza o maior número de meios humanos para o combate aos incêndios: 5.056 homens a nível nacional, apoiados por 1.173 viaturas de protecção e socorro, segundo a ANPC. A Associação de Empresas do Sector Papeleiro e Celulose, cujos sócios exploram mais de 232.000 hectares, vai empregar 249 sapadores apoiados por três helicópteros e 56 viaturas de combate. Um grupo de 22 empresas associou-se e formou o Movimento ECO, em parceria com os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, visando a sensibilização da população para a protecção da floresta e o apoio às entidades que combatem os incêndios florestais. O Governo decidiu também disponibilizar às Juntas de Freguesia equipamentos de primeira intervenção, compostos por um tanque de água ligado a uma moto-bomba e mangueiras. Os agentes de combate aos incêndios serão apoiados por 52 aeronaves, sendo quatro aviões pesados (dois Canadair CL-415C e dois Beriev BE-200ES), 34 helicópteros (20 dos quais ligeiros, oito médios e seis pesados) e oito aviões aero-tanque ligeiros e seis médios, conforme a Directiva Operacional Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, da responsabilidade do Ministério da Administração Interna. Desde Janeiro deste ano, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais registou 3.108 ocorrências de fogo, que deram origem a 1.266 hectares de área queimada, sendo o valor mais baixo, em termos comparativos, registado desde 1990, segundo dados da Direcção-Geral de Recursos Florestais. A área florestal nacional é de 5,4 milhões de hectares, sendo a superfície ocupada por floresta de 3,4 milhões e o restante ocupado por matos e vegetação espontânea, segundo a DGRF. A fase "Charlie" de combate aos incêndios florestais termina a 30 de Setembro.

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