quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O pior mês de Julho de que há memória na Europa


O mês de Julho foi um dos piores quanto a incêndios florestais na Europa de que há memória ou registos. No total, já arderam 3.376 quilómetros quadrados, segundo informou hoje a Comissão Europeia. O executivo comunitário assinala que a chamada «época de fogos» ainda mal começou e a área ardida na Europa é já idêntica à de todo o ano de 2006 (3.585 quilómetros quadrados), de acordo com dados disponibilizados pelo sistema de informação europeu de fogos florestais, gerido pela Comissão. Segundo o organismo, depois dos alertas no final de Junho sobre o risco elevado de incêndios em países como a Grécia e Chipre, assistiu-se, na segunda quinzena de Julho, a um forte aumento de fogos e área ardida na Bulgária, Croácia, Grécia e Itália. Bruxelas aponta que a situação no sudoeste da Europa, com condições atmosféricas relativamente moderadas em Julho, se alterou radicalmente, particularmente no sul da Península Ibérica e Ilhas Canárias, áreas que estão a experimentar grandes incêndios, ainda não contabilizados nos dados hoje divulgados. Segundo informação da Comissão Europeia - que mantém registos desde meados da década de 1980 no caso dos Estados-membros mais antigos -, Julho de 2007 foi dos piores meses de sempre, sendo mesmo o pior mês de Julho de que há registo. Já no caso de Portugal, segundo dados divulgados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), ocorreram no mês de Julho de 2007 um terço dos incêndios verificados no mesmo mês do ano passado (1.510, contra 5.211 em 2006, que consumiram uma área de 5.761 hectares).
A imagem de satélite foi obtida pela NASA a 22 de Julho

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